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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

* PATHOS *



Não bastou-me o prazer da sensação 

Que finda, orgânica , eleva-se 

Ao gatilho e aos demais, sucessivamente 


Gatilhos?  Talvez.


Mas, sinto que algo de sutil permanecera

Para além de qualquer racionalização 

Sinais de tua fala, e de tua “loucura” que me sugam num profundo turbilhão

E logo após, me expulsam e me parem em estado de vertigem 


Teu suor, teu cabelo assanhado, a forma que te vestes

Toda a tua excentricidade encarnada 

O teu estado de ser , por essência

E teus tiques ,tuas expressões inquietas, no teu modo próprio de se referir ao que quer que seja

E a tua melancolia, que de tão singular, me faz derreter e sentir a poesia que pulsa viva, aí dentro

Ainda que renegues 

Me fazendo, na verdade, ver o fogo da vela que acende, quando falas de ti, da arte e de coisas da vida , do mundo


Mulher ...

É disso em teu interior que me alimento

E é daí que fluem os meus versos 

Como coisas que invento 

Essas benditas “ficções” 

As quais , aos dias, me trazem significado

Onde eu ou tu brincamos de reinventarmo-nos mutuamente

Sob as tantas pedras que rolamos, e rolamos, umas por cima das outras, rotineiramente...


21/11/2021

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