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quinta-feira, 20 de março de 2014

* Amorfo *



Mundo...

Os olhos cruzam os vultos desconexos
Habitando o grupo dos signos reversos
Sugam a poesia do instante fecundo

Fitando a infinutude ,eis que me pergunto:
Findar-te isto um dia tudo em segundos?

Sem ciência, recomeço...

Muito mais que vultos estes órgãos anseiam traduzir
Seguindo o fluxo da seiva, nascente a explodir
Perpassam o choque dos timbres que emana das nascentes
Notando do cair da folha ao germinar da semente
Penitência perpétua daquilo que há de vir

Fitando a infinutude ,eis que ainda me pergunto:
Findar-te isto um dia tudo em segundos?

Sem ciência, recomeço...

Hei de confundir-me ainda neste jogo de cores
Brotando multicromáticos, efêmeros amores
Tortuosos caminhos, sonhos longínquos ,mitologias
Desvelando-se a carne dos corpos, singulares fantasias

Eis que mais à frente observo para além da carne, do véu a diante
E mais nada se vê como olhavam os olhos de antes
A substância que me compunha expandiu-se no processo
Esvaindo-se do meu ser o sumo
Destino-me
 a tornar-se Uno

Caminhando ,por fim, junto á todo o universo
Do primeiro em diante, até o último verso .


20/03/2014