Ao poeta.
O criador de métricas
perdido no caos da rotina
Cria na rotina das palavras
o embrutecido
Rasga do olhar a cortina
Emerge o que se esta presente
no despercebido
Parindo na musicalidade dos versos
o ritmo dos andares perdidos
A rima sonora que insistem as
buzinas
Os trajetos obstruídos no trânsito
da vida percorrem na tinta de suas
palavras os mais inesperados caminhos
O marginal da rua duvida :
-Diante de tanta desgraça há de existir poesia
na vida?
O poeta responde em seus versos
Embora nem esteja tão certo
Talvez nem mesmo saiba o curso
Mas a dureza vista pertuba-lhe em encalço
e o faz proferir no impulso:
-O POETA É UM FALSO!