Foi...
Foi naquela noite de fuga
A efervescência da carne
O pulsar dos órgãos
E na dança mais profana dos instintos
Que cheguei a ti
Dei de frente contigo
O véu a cobrir teu rosto
A tua sabedoria precoce
E também a tua malícia
Era mulher em pele de moça
De aura leve, doce e precisa
Arriscava até dizer que um dia
Já fostes bruxa
Que tinhas sob teu domínio
Os elementos da natureza
Ao teu lado, sentia necessidade de estar
De ser e permanecer, o ser conforme
Louva-la !
E, apesar de tudo
Por detrás de teu véu
Descobrir talvez oque faltava em mim
Desvendar o sentido e o propósito Inerente
Das coisas, de ser e pra que ser humano
A mais nobre equação do cosmos
Que de tão certeira apenas em poesia
Se permite traduzir
Fazendo-se esfarelar a rotina
em sementes ,
milhões e milhões destas
A cultivar esta plenitude noturna e passageira
De onde se brotam as memórias
E aquele teu sorriso
Por uma vida inteira
Nosso
24/10/2021
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