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terça-feira, 25 de abril de 2017

* Vórtice *


Num único fôlego mergulho no tempo
Nas cinzas das horas, minutos, momentos
Do solo que piso ao rubro do sangue
O gosto e o desgosto de meus ancestrais
Do peso dos genes: ponteiros mutantes
Desembesta um pavio ao rumo d’um cais
Infindos os ramos a brotar de meu cérebro
Retorcidas raízes sacodem o instante
Sementes cavalgam na aurora pulsante
D’um fruto incerto de um oráculo ébrio
Pipoco ribomba na gênese dos séculos
Trovão que transpassa em ruídos elétricos
Das areias sugado por curvas engate
Emergindo d’um estalo qual fagulha arremate
Grito mudo num fôlego o pedido de paz

30/08/2016

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