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terça-feira, 25 de abril de 2017

* Carta *

Saudade, talvez fosse
Não sei ao certo
Uma idealização
Não, não sei
Tua cabeça coberta por um manto negro
Em uma textura sedosa
Sim...
E o contraste não só entre a cor de teus cabelos
E tua pele branca
Mas também entre nossas palavras
Não posso lamentar, talvez
Mas parece ser lei a ação do tempo a desbotar os tons em cinzas
Cinquenta vezes lembrei-me de teu riso... Tão raro
Quis esquecer
Cinquenta vezes, se não me falhe a memória, percebia cada detalhe de teu corpo
Embora tateasse no escuro, sentia bem
Tentei desvendar teu segredo em mistério
Tentei conhecer-te
Cego e mudo, imerso em ti
Encontrei um abismo
Resoou aqui dentro uma amargura
Talvez me demorasse mais neste jogo masoquista
Não fosse o chamado...
Confesso não ter ressentimentos
Tenho sim, o sentimento
De que quando uma alma toca a outra
Faz-se denecessárias as palavras
Obrigado por tudo.

27/02/2016

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