Total de visualizações de página

terça-feira, 25 de abril de 2017

* Face a face *


Bendito e profano
A habitar a face dos homens
A distinguir coisa de coisa
A abrir guerra contra si
E a nós as migalhas
O jogo do azar
Caímos pois em desgosto
Nós, a marcarmos as cartas
Nós, a darmos nomes e apontarmos
E bem ali, capelas a céu aberto, estrelas a olhos nus
Fatalidade d’um tempo que não o foste
Oblíquo
Não percebem estes que aqueles
A quem chamavam de “visionários”
Vivificaram nada mais
que o instante ?
E os que nada sabem, ao centro
Em meio a mudos murmúrmurios
Dançam o descompasso
D’uma música
Ancestral
Que sabem eles se não suas almas?

28/03/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário