Total de visualizações de página

quarta-feira, 10 de março de 2010

* A pena e a corda*


Faltou-me tinta pra terminar,mas não te preocupas,sei bem onde buscar.
Testemunhei de tão perto,que escrevo,e tu pensas que é certo.
Mas é com pinceladas que estraçalho teu crânio a marretadas
e quando já não consegues ficar de pé,te socorro dando-te a corda.
Afirmo-te com um azedo enojo que és digno...mas... não calcule que por esta informalidade eu ei de cair junto a ti.Já caístes a muito tempo,e te digo novamente,o sentimento que sinto
nada mais é do que... A PENA!!!!
a pena,aquela que julgastes tão leve,te fez cócegas
a pena,sim!!!!sim!!!!
recorda-te da pena?
fez-te rir por pirraça,
ora,oque foi?pensastes que o corvo era garça?
dele a pena arrancastes para findar-lhe a trajetória?
procurastes muito,fostes de encontro a tua própria glória?

É meu caro,o preto já não raro,te foi um branco,mero amparo .

Suas palavras foram as minhas,e delas fizestes mentiras,indignas verdades,falsidades.
Ainda as digo para tocar-te...
não,eu não me canso,
mesmo vendo teu corpo reto e num rítmico balanço...

queres voar...
mas...
e as penas na praça?
queres subir...
mas...
e...

ACORDA!!!
já é tarde!
aquilo que caia parou!
afogastes num orgasmo de vômito!
e é com pesar que te digo o segredo,
satisfatório saber que em tua cerne não estampa mais o medo.
A ampulheta que a muito temias não desvirou ,
e a serpente de tão comprida tua boca enrolou como mordaça.
Fostes livre para elevar-te a graça,mas... a...
c
o
r
d
a
ensebada de gula
escorregou-te
rumo a d
e
s
g
r
a
ç
a .

3 comentários:

  1. Adorei Victor! amei esse! um dos seus melhores textos na minha opinião hehe =D Escrevesse quando? foi na mesma data de publicação do blog? =D

    ResponderExcluir
  2. Poxa Flora,já faz um bom tempo,foi ano passado ou até retrasado,não sei bem...

    ResponderExcluir
  3. Perfeito, muitos dos elementos desse poema lembra o que eu escrevo, perfeito!!

    ResponderExcluir