Corpos nas sacadas
Vestes nas calçadas
Os passos trocados
E os labirintos famintos do ser
Anseiam libertinagens
Inquietos amantes
Bebericando taças de vivido sangue
A lua entoa uma marcha fúnebre
Enquanto tremeluzentes pontos palpitam
A poética noturna
A hora, há muito esquecida,
Sugere ao agora um rito antropofágico
As gotas , em sal , a escorrer
A embriaguez
Os instintos da pele não fazem morada
No solo da razão
Os instintos da pele não fazem morada
No solo da razão
Os instintos da pele não fazem morada
No solo da razão
Tua pele perdoa a minha no momento em
Que sinto o toque de nossas almas
Matilha de lobos dançando ao centro da mata
O uivo da besta convida-nos a um último ato
E tu te agarras e eu me agarro ao chamado
Ao salto por cima dos silenciosos lares
Costuramos , em delírio e ao nosso modo, a tela sombria do sono
A cobrir os nossos corpos, os nossos corpos.
30/03/2020
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