Total de visualizações de página

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

* Há *

Há algo dentro ...
Um espírito efervescente que por vezes bate a minha porta

És tu ? Criatura mitológica, habitante de todas as eras. Sopro estuporante que corre os breus das matas e por fim me atravessa o peito
Que queres? És um sinal?
Há algo dentro ...
Não sei dizer o que
Minha língua já não cabe
Minha boca permanece trancada
Meus olhos cerrados
Estou mudo
Mas ainda me sobra a insistência das horas, que também por serem apenas horas ,nada me dizem.
Há algo
Talvez seja o riso de um olhar
Talvez seja os gestos despropositados
Talvez seja o afeto que as coisas refletem em meu olhos
E,por fim,talvez seja delírio ...
O gosto daquele azul turquesa naquele pijama
O cheiro que irrompe do último gemido, a umidade
O som que a flauta tocava, eu vi, juro!
Deste jogo mirabolante e preciso nada mais hei de querer,nada!
Apenas este poema
E é isto que há
10/10/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário