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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

*Insônia*


Oscilando os ponteiros,o relógio em meu quarto teima em me manter acordado,fazendo um barulho quase imperceptível,mas que me mantem desperto.

Levanto-me fadigado para ver o horário, uma e quarenta da madrugada e eu aqui de pé abobalhado,pensando,como será que a dama da noite esta neste exato momento?
As lembranças diárias só agravam o meu quadro de insônia e cada barulho noturno se faz motivo para palpitações.

Lembro-me de seu belo sorriso,seu olhar puro e aconchegante,seus cabelos levemente sedosos e das sinuosas curvas parnasianas que compõe o seu corpo.

Ela não me deixa repousar em meu leito,pois os pensamentos perpassão por noite á dentro.

Que ser imprestável é este que me atormenta durante as luas que se passam?

Ainda escuto suas palavras suaves e sinceras,seus poemas repletos de profunda inoscência,sussurrados bem próximos aos meus ouvidos. E como num canto de ninar o som transmutasse em sono,paralisando-me em meu recinto.Já bastam as palavras e lembranças da poetisa e o que resta é o silêncio.

O relógio parara de oscilar,como se o tempo houvesse parado de vez...

Acompanhado apenas da escuridão presente em meu quarto,fecho os olhos.Tentando não confundir sonho com realidade , eu me proponho a apenas dormir,mas caso não haja concretude alguma em meus sonhos noturnos ,sonâmbulo andarei pelos vastos corredores de minha morada,procurando por algo que talvez nem eu mesmo saiba o que seja.





2 comentários:

  1. Gostei!=) A dama da noite me lembrou a dama da luva: que dançou várias vezes, ao redor de vários lustres, com seu vestido cor-de-uva. Mas aí já é outro poema.

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  2. E mesmo fechando os olhos, ela permanecerá.

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